Olá.
Bem vindo ao projeto Matheus Day-by-Day. Aqui eu pretendo registrar um pouco da alegria diária que envolve essa fantástica experiência que é a paternidade. A intenção é manter uma atualização bastante frequente. Espero que consiga.
Esta não e só uma maneira de trazer ao contato dos parentes e amigos que nem sempre estão por perto o crescimento do meu filhote, mas também é uma homenagem minha a ele - uma espécie de diário moderno - onde estou, espero, investindo num futuro onde nós dois nos sentaremos juntos, daqui a 10 anos, e relembraremos estes bons momentos de nossas vidas.
Espero que curtam este pedacinho do nosso dia a dia do mesmo jeito que eu curto em dividí-los com vocês.

Um abraço,
                    papai Gustavo.


Ah, não deixe de conferir as mensagens antigas aqui!




30.7.03
20:12 :: Presos no elevador
Primeiro andar: calcinhas, ceroulas, cuecas, subindo...Hoje o Matheus e eu ficamos presos no elevador do nosso prédio.

Assim que entramos, a porta não fechou por completo, e eu, mesmo achando estranho, ajudei a fechar no braço mesmo. E fui chamado a atenção pelo meu filho, porque eu estava com a mão na porta na hora que estava fechando (é o que fazemos com ele).

Enquanto eu me explicava, o elevador parou no térreo, não abriu a porta, e subiu para o 16. Lá a porta não abriu também, e, quando eu apertei para descer de novo, ele parou entre o 11 e o 12 e ficou de vez. O interfone é embutido no painel (nunca tinha reparado nisso até hoje), e, é claro, o botão de chamada não funcionou.

"E agora?", pensei. Tenho que fingir que está tudo certo, senão o Matheus se assusta:

- Ih, filho, o Elevador prendeu a gente aqui. - falei com um sorriso no rosto.
- Pur que?
- Não sei. Eu apertei pra descer, mas ele não está indo.
- Quero tirá a toquinha...

Ótimo, ele mudou de assunto. Tirei a touquinha de natação dele e ficamos ali um pouco esperando alguma coisa acontecer. Afinal, estavamos na hora do Rush dos elevadores, alguém iria perceber. Mas eu só consegui enrolar até a hora que ele me deixou sem saída, logo depois:

- Pai, num quero mais brincar disso não...

Pronto! E agora? O que fazer numa situação dessas? Então, como eu ouvi vozes bem baixinho por perto, me ocorreu de fazer o seguinte:

- Eu também não estou gostando disso, esse elevador é muito feio! - disse eu em tom de bronca - Ai ai ai, elevador!

Só que nesse "ai ai ai" eu dei uns tapões fortes na porta do elevador, e isso acabou chamando a atenção de quem estava no nível do andar de cima. Pronto, aí foi mais fácil, os caras avisaram a portaria, e uns 5 minutos depois o elevador desceu até o térreo. Devem ter reinicializado o sistema. :)

É revoltante essa "máfia dos elevadores" que rola por aí. Como os prédios tem contrato de manutenção, a empresa meio que não faz o serviço 100% , garantindo que será novamente chamada algumas semanas depois. Se fôssemos livre pra escolher a prestadora de serviço, isso não aconteceria. Deve ter sido a 20ª vez que este elevador quebra este ano. E a única explicação que me ocorre para o síndico não ter ainda rompido esse contrato estúpido é que deve rolar um por fora pra ele... :(



27.7.03
11:55 :: Trenzinho Musical
Hoje, ao levar o Matheus pra escola, passei por um entulho e vi algo que me chamou muito a atenção. Uma engrenagem verde, cheia de pequenas protuberâncias, algo extremamente familiar, mas que não consegui decifrar o que era. Claro que isso ficou me incomodando por muito tempo. Eu tinha certeza que já tinha visto aquele treco antes, mas o seria?

Até que, chegando no trabalho, lembrei o que era, e quase escorreu uma lágrima do meu rosto (ora, dramatização é importante pra prender o interesse!): não era uma engrenagem, mas um disquinho de plástico que tocava dentro de um trenzinho musical, um brinquedo da minha época de criança!

Sem dúvida alguma que, se eu ainda estivesse no metrô, teria voltado pra pegar pra mim. Como alguém guarda isso por quase 20 anos e joga fora sem mais nem menos? Deve ter sido coisa de alguma avó desavisada ou empregada nova. Com certeza alguém vai enfartar essa noite.

Trenzinho musical. Você enfiava um disquinho na abertura, e os pininhos faziam as notas tocarem.Cheguei no trabalho e fiquei procurando um tempão na internet pelo brinquedo, até que finalmente achei. Não era o máximo? Bom, não. Na verdade era meio sem graça, a gente enjoava fácil das musicas. Mas é tão bom resgatar uma lembrança antiga dessas que a gente acaba achando sensacional. :)

Se você não lembra desse brinquedo, então você certamente nasceu na década de 80 ou 90.



23.7.03
19:31 :: Vida de casado
Essa semana tivemos uma briguinha lá em casa entre a Camille e eu. Na verdade, uma brigona, mas eu tive que reconhecer que a culpa foi toda minha. Pelo menos dessa vez.
(ah, ah, ah, olha eu implicando de novo... :)

Se a minha seguradora descobre que eu fiz isso...Mas o lance é que eu tinha que fazer uma coisa meio grande de arrependimento. Lembrei então de algo que ela elogiou num filme que vimos este fim de semana juntos, quando o cara levou a mulher pra jantar num terraço, mas encheu o lugar de velas. Então eu pensei, tá bom, vou fazer a mesma coisa, vou encher a nossa sala de velas, comprar um vinho que eu sei que ela gosta, e beleza, tô perdoado.

O que parecia ser simples, começou a complicar na medida que o tempo ia passando. Mas vamos do início: saí do trabalho (dizendo para ela que teria que ficar até mais tarde, e não poderia pegar o Matheus na creche) e fui comprar as tais velas, já que o vinho eu já tinha comprado na hora do almoço. Chegando na mercearia, perguntei pra moça:

- Quanto é a vela?
- 50 centavos.
- Então me dá trinta!!!

Ela parou de contar o dinheiro e me olhou como quem pergunta "você vai fazer um despacho em alguém?". Meio sem graça, peguei as caixas de velas e fui pra casa. Sempre controlando o relógio.

Beleza, entrei em casa e comecei a "mapear" o lugar. "Hummmm, vejamos, vou colocar quatro na mesa, duas na esteira, várias no chão, duas no buffet, e assim vai. Pronto, ainda faltava meia hora pra ela chegar, e todas as velas já tinham seu lugar definido. Agora era só pegar alguns suportes e acendê-las.

Só?!? Aloou, estamos falando de 30 velas!!! Onde eu ia achar 30 suportes? Corri na cozinha, peguei um jogo de chá de 10 peças, e usei os 10 pratinhos de cara. Ok, dez já foram, mas e o resto? Não podia pegar o jogo importado senão a situação entre nós iria piorar ainda mais! :) Então olhei pros pratos de sobremesa e pensei "são vocês mesmo". Com essa foram mais dez. Mas e o 1/3 restante? Até olhei pros pratos de comida, mas aí nem eu que sou o cara menos romântico do mundo iria gostar. Então tive a idéia de pegar as xicrinhas de café e usá-las como pequenos castiçais.

É, a decoração começou a ficar meio estranha com pratos pequenos, médios, e xícaras de cabeça pra baixo, mas considerando a alternativa dos pratos grandes, tava até bom demais.

Olhei pro relógio, 20 minutos. Melhor começar a acender essas coisas. Foi aí que eu vi o trabalho sinistro que é derreter uma por uma e grudá-la no suporte. Perdi mais uns 10 minutos nessa. Então foi só acender e levar pros lugares marcados.

Aí começaram mais problemas. Quando eu previ o posicionamento delas, não levei em consideração que estariam acesas (sou uma anta ou o quê?). Tipo assim, coloquei uma na estante da sala, e voltei pra cozinha pra acender outra. De volta na sala, vi que a fumaça estava começando a escurecer o teto!! Oh-oh!! E corre pra pegar pano pra limpar. O pior é você sair correndo de um lado pro outro tendo que desviar das velas que eu, estúpidamente, comecei a colocar pelo chão. Pronto, ainda bem que já tinha um banquinho no meio da sala, foi só subir e limpar. Mas peraí, porque diabos tinha um banco no meio do caminho? Porque era aqui que deveria ficar a mesinha com o vinho e os copos! E corre pra tentar deixar tudo como planejado, pega o vinho daqui, monta a mesinha, e chego no bar pra pegar as taças: 4 tamanhos diferentes de cada tipo de copo! Qual é mesmo o copo do vinho tinto? Peguei um deles, e, é claro, errei. Na verdade foi a primeira coisa que ela falou quando viu. :)

Mas tudo bem, o tempo já se esgotou mas a mesa estava prontinha (clique na foto ali em cima para ver uma parte do resultado), e tudo estava nos seus lugares. Mas o que é isso escorrendo na minha testa? Suor! Aí que eu me dei conta do calor vulcânico que a sala estava, com tanta vela acessa, e as portas fechadas por causa do vento, e pra ela não ver da rua que havia luz em casa. Começo então a ouvir o meu filho falando no corredor (cara, ele fala alto pra burro!). Claro que o porteiro maldito ignorou o meu pedido de me avisar quando eles passassem pela portaria. Barulho de chave na porta, não dava mais pra ir pra dentro de casa, então entrei na cozinha e fui secar o meu rosto numa camisa suja minha que ainda estava por lá pra lavar. Eca!

Chegaram e se surpreenderam, ficou tudo como devia. Agora era só colher os frutos, certo?

Errado. Esqueci da nóia do Matheus em assoprar velinhas. Ficou tão entusiasmado com esse parabéns gigante que não tivemos cara de desapontá-lo. Deixamos ele assoprar, uma por uma. <:)

Se você for casar, melhor ter uma boa imaginação, porque romance de marido e mulher é isso: muitos planos e poucas realizações. :)
O curioso disso tudo é que, se pudéssemos escolher, fariamos tudo de novo.



21.7.03
13:43 :: Santo soninho
Descobrimos há algum tempo uma característica muito interessante do Matheus. Quando ele desperta sozinho, sem interferência de ninguém, ele acorda com tão bom humor...

Outro dia ele tirou o cochilo da tarde no início da noite - algo péssimo para nós, os pais, porque sabíamos que ele iria acordar lá pelas 9 da noite e só voltaria a dormir 2 da manhã, na melhor das hipóteses. Mas ele acordou tão bonzinho, tão carinhoso, que foi até melhor. Claro que ele foi dormir de madrugada, no entanto ele ficou na sala vendo TV com a gente, quietinho. Foi aí que percebemos o padrão. Isso já tinha acontecido anteriormente, mas nunca havíamos ligado o fato à consequencia. Agora entendemos a relação das duas coisas.

Hoje este evento também aconteceu, só que de manhã. Como ele dormiu bem cedo ontem, acordou também bem cedo. Mas ficou lá na sala, quietinho, vendo desenho, enquanto eu tomava banho. Depois ficou conversando comigo até chegarmos na creche. Enquanto eu entrava com ele no colo, ele fazia carinho com a mão no meu cabelo. Fora que ele sempre responde "bom trabalho" quando eu digo "boa aula".

Ele não tá mesmo uma gracinha?



18.7.03
13:10 :: Abaixo a canção de ninar
Recebi um e-mail anônimo, no mínimo, curioso. Ele faz uma reflexão em torno das músicas infantis do folclore brasileiro, mostrando que tudo o que apresentamos aos nossos filhos são tragédias, desgraças, e ameaças.

Tudo começou quando uma moça foi cantar "Boi da cara preta" para sua filha dormir. Ela percebeu, pela primeira vez, que a música era, na verdade, uma ameaça horrorosa e mordaz, onde se incita um bovino de cor negra a pegar uma cândida menina que tem medo até de uma inocente careta.

Rapidamente ela muda de música e começa a cantar "Nana neném que a cuca vem pegar". Mas, caramba, esta é outra ameaça, agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto!

Aí a coisa começa a ficar curiosa. Conforme ela vai mudando de música, vai percebendo que todas as nossas canções tem esse sadismo embutido. E é verdade mesmo, vejam:

"Atirei o pau no gato-to-to
Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu
Dona Chica-ca-ca admirou-se-se
Do berrô, do berrô que o gato deu: Miaaau!"


Para começar, esse clássico infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) e crueldade (por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa?). E para acentuar a gravidade, ainda relata o masoquismo dessa mulher sob a alcunha de "D.Chica". Uma vergonha.

"Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré, marré, marré.
Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré de si.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré, marré, marré.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré de si."


Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão doces faz com que as crianças tenham como algo normal essa (não) distribuição de renda vergonhosa que condena muitos à miséria e agracia pouquíssimos com uma riqueza exorbitante.

"Vem cá, Bitu ! vem cá, Bitu !
Vem cá, meu bem, vem cá !
Não vou lá ! Não vou lá, Não vou lá !
Tenho medo de apanhar."


Vejam: medo! Sim, medo. Por causa desse tipo de canção as crianças não sentem que estão tendo sua liberdade destruída pela violência. elas convivem com o medo como se fosse algo normal.

"Marcha soldado,
Cabeça de papel !
Quem não marchar direito,
Vai preso pro quartel."


Novamente uma ameaça. Autoritarismo e abuso de poder escondidos em versos aparentemente inofensivos.

"A canoa virou,
Deixar ela virar,
Foi por causa da (nome de pessoa)
Que não soube remar."


Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as crianças brasileiras são ensinadas a apontar o dedo e condenar um semelhante. Colocar a culpa em alguém é tido como mais fácil do que refletir sobre as próprias atitudes. Que vergonha.

"Samba-lelê está doente,
Está com a cabeça quebrada.
Samba-lelê precisava
É de uma boa palmada."


Impiedade! A moça, conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde debilitada e necessita de cuidados médicos, mas, ao invés de compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de uma boa palmada. Essa música é claramente uma manipulação organizada pelas grandes indústrias e pelo governo, incutindo a idéia de que a doença é algo errado que deve ser punido nas cabeças das crianças brasileiras. As grandes indústrias garantem que seus futuros empregados não lutem por direitos trabalhistas em caso de doença. A letra da música diz, em outras palavras, que um empregado doente deve aceitar ser demitido por justa causa.

"Um homem bateu em minha porta, e eu abri:
senhoras e senhores ponham mão no chão."


O que foi isso? Um assalto? Isto incute a idéia de violência e roubo nos pequenos infantes desde o berço.

"Eu fui no Tororó
Beber água e não achei;
Achei bela morena
Que no Tororó deixei."


Percebem o tratamento que é dado à mulher aqui? A mulher é tratada como objeto, algo que se usa quando não tem nada melhor para fazer e depois descarta-se imediatamente. Lamentável.

"Sete e sete são catorze,
Com mais sete vinte e um
Tenho sete namorados
Só posso casar com um..."


Como assim 7 namorados? Eis a origem da licenciosidade e tendência à infidelidade de todos os brasileiros. Depois os pais reclamam das atitudes libidinosas de suas filhas na adolescência e não sabem o porquê.

"O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou."


Se não bastasse o papo dos 7 namorados... como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa passagem anos a fio?

"O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar."


Desgraça, desgraça, e mais desgraça! E ainda explicita a violência conjugal.

Em resumo: PAREI de cantar essas musiquinhas para o Matheus. Deixo que ele descubra essas idéias quase demoníacas nas músicas rodando alguns velhos LPs ao contrário. Ah, você nunca fez isso? Um dia eu conto do que se trata, então.



17.7.03
11:43 :: Festa chata
Bolo de aniversário simbólicoHoje cedo, quando acordei o Matheus pra ir pra escolinha, fui logo falando:

- Filho, sabia que hoje é aniversário do papai?
- Hoje num tem escolinha não?
- Tem sim, filho. Mais tarde é que a gente vai soprar a velinha com o papai, tá?
- Hoje é a festa do papai?
- Não, filho, não é festa. A gente vai na casa da Vovó Lena e do Vovô Naldo. Ou, melhor, é festa de adulto, não de criança. - falei isso já imaginando que ele estivesse associando "festa" àquela bagunça toda de aniversário infantil.
- Festa de adutou?
- Isso. Festa de adulto.
- Mas criança pode ir também?
- Pode, filho, mas não vai ter outras crianças não. Só a gente.
- Ah. Então pode ir pra sua festa que eu vou pra escolinha.

Poxa, que descartada...



14.7.03
11:45 :: Trotes infantis
Ontem fui buscar o Matheus na casa da vovó. Ao chegar no carro, fiz o que sempre faço, abro a porta de trás, coloco ele - que geralmente entra meio deitado - fecho a porta, e entro pela frente. Só que quando entrei, ouvi ele gritando:

- Meu pé, meu pé!!!

CLARO que eu me desesperei na hora! Saí correndo do carro pra abrir a porta do lado de fora, pensando se eu não teria errado o cálculo da distância e ter fechado a porta no pezinho dele! Quando eu abro a porta, encontro ele sentado olhando pra mim e dizendo adivinhem o quê:

- Ehehehehehehe...

Poxa, essa quase me matou de susto. Na hora eu ri de alívio, mas não achei mesmo graça. O pior é que se ele for entrar numa fase de fingir dor, medo, etc, por brincadeira, pode acabar também fazendo aquilo que é o pesadelo de qualquer pai ou mãe: se esconder em lugar público e deixar os pais procurando.

Deus me livre passar por isso. Tenho uma lembrança horrível de infância da minha mãe procurando a minha irmã na praia, depois que uma onda gigantesca (ao menos para os padrões de 5 anos de idade) varreu todas as barracas da areia. Ela só apareceu um tempo depois, quando um estranho (que pela atitude certamente também era pai) achou ela correndo pela calçada, e a segurou até que alguém viesse buscar. A cena da minha mãe chamando por ela, olhando para o mar, para a areia, para a calçada, e ainda pra mim para se certificar que eu ainda estava ali, foi bem forte.

Mas ao menos serviu pra me ensinar a ficar esperto e nunca fazer os meus pais passarem por isso de brincadeira. O problema é que o Matheus não teve essa referência, o que me deixa sujeito a esse tipo de trote.

Será que está na hora de contar aquela historinha do menino que fingia estar se afogando? Meu medo é o tiro sair pela culatra, e ele ter idéias com a história. :/



12.7.03
00:40 :: Nunca...
...deixe o seu computador saber que você está com pressa.
Estou sentindo na pele os efeitos desse velho ditado informata. Sexta-feira, quase meia-noite, e eu aqui no trabalho ainda... e faminto! :~(

E o pior é que não dá nem pra sair pra comer alguma coisa, nem pedir comida, porque a essa hora ninguem mais entrega nada. Na verdade já não tem mais ninguém aqui no Centro do Rio faz tempo. Os prédios lá fora estão todos apagados.

Ah, e está chovendo e eu não tenho guarda-chuva.

Um final perfeito (e provável) pra esse dia é chegar em casa, estar todo mundo dormindo, e não poder falar com ninguém. E ainda ir pro fogão mandar um miojão pra dentro. :/



11.7.03
23:00 :: Humpf
Sabe dia em que tudo dá errado? Então. :(



9.7.03
11:50 :: Esquerda-direita
Já tem algum tempo que o Matheus vem tentando usar os termos "esquerda" e "direita". Mas ele não entende é que é um senso de direção variável, dependendo da posição que você esteja. Nunca forcei muito a barra pra ensinar a lógica correta, porque sei que é cedo demais pra isso, afinal ele acabou de fazer 3 anos. Mas hoje cedo, indo pra escola, ele disse "Pai, vamos pela sombra, na esquerda". O certo era direita, então eu decidi explicar de vez a coisa:

- Matheus, é assim, ó: pra lá é direita, e pra cá, esquerda. Sempre que for nessa mãozinha aqui, é direita, e nessa aqui, é esquerda. Entendeu?
- Não, não é! - Poxa, ele tá numa fase de negação tão chata...
- Sim, filho, é sim. Essa é direita, e essa, esquerda.

E ainda peguei a mão dele, perguntei de novo "que mãozinha é essa?", por mais um tempinho, e em seguinda continuamos andando até a creche. Chegando lá, teve aquela cera habitual dele pra ficar na salinha, até que a professora chegou e disse:

- Matheus, dá a mãozinha pra gente sentar com os amiguinhos, dá?

E ele, bravo:

- Não é mais mãozinha, é esquerda!

Ai, caramba, ele não entendeu nada!!! :)
E ainda por cima a mão que a professora pegou era a direita! :)
Bom, eu tento acertar essa noção de direção dele daqui há uns 6 meses de novo.



7.7.03
01:40 :: Perguntinhas
Semana passada quem buscou o Matheus na escola foi o vovô Serginho. Chegando na casa dele, vieram as perguntas tradicionais:

- Matheus, você quer mamar?
- Não.
- Você tá com fominha, quer comer alguma coisa?
- Não.
- Tá com soninho, quer dormir?
- Não.
- Então tá.

Uma hora mais tarde, quando a Camille e eu chegamos, veio a "reclamação":

- Mamãe, fiz um poquinho de xixi na cuequinha.
- Mas por que, filho?
- Porque ninguem perguntou se eu queria ir no banheiro!

É mole? E lá em casa ele faz sozinho, mas só porque tinha alguém perguntando...



3.7.03
16:12 :: Pano rápido
Cena: mamãe terminando de arrumar o Matheus para irmos ao shopping ontem de noite:

- Matheus, vem logo colocar o sapato pra gente sair!
- Não - e fugia pro outro lado.
- Vem filho, rapidinho, só falta o sapato - falando e indo para o lado dele.
- Não.
- Vem logo!
- Não.
- Filho, estou falando sério! Vou brigar com você. Vem aqui de uma vez.
- Não.
- Olha que o papai noel está vendo você fazer malcriação, hein?
- Não tá nada! Você tá vendo algum papai noel aqui, tá?

Não deu pra não caírmos na gargalhada. E isso é que mata, tira toda a nossa moral. :)



2.7.03
00:42 :: Domingo no Parque
Ok, na verdade foi sábado, mas não resisti à referência. :)

Logomarca do Hopi Hari Pra quem ainda não foi no Hopi Hari, eu recomendo. O lugar é bem legal, bem seguindo a linha Disney (embora looonge do padrão inigualável de qualidade) de "mundos" dentro do parque, lojinhas depois das atrações, alimentação caríssima, e atrações radicais. Uma delas é a quarta maior montanha russa de madeira do mundo, e, só pra ter uma noção, o tio Luciano chegou a fissurar a costela dele lá. Eu adorei! :) Do brinquedo, claro, não dele ter se... ah, vocês entenderam.

Lógico que estar com uma criança pequena nessa hora limita um pouco as coisas. Mas felizmente eles permitem o esquema de rodízio, onde entramos todos juntos na fila, e na hora H nos dividimos. Um ficava com o Matheus & acessórios esperando do lado de dentro, e quando os outros dois voltavam, quem ficou passava tudo pro outro lado e ia na atração. Assim evitávamos entrar na fila duas vezes.

Mas o engraçado era ficar reparando a cara das pessoas na fila, que, horrorizadas, achavam que iriamos levar o nosso filho nos lugares extremamente radicais. Ehehe. :)

Quanto as atrações infantis, o Matheus viciou no Cabunzinho, uma versão infantil do Cabhum. Já está mostrando que deve seguir os passos dos pais. Tomara! :)

As fotos do passeio já estão na seção de fotos.





Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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