Setembro 2004


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Um abraço,
                    papai Gustavo.

29.9.04
21:36 :: Festa em família
Olha só, já ia me esquecendo de comentar aqui. :)
Semana passada foi o aniversário da mamãe Camille. Havíamos dito para o Matheus que, após a escolinha, iríamos pra casa da vovó Li jantar lá e cantar parabéns pra mamãe.

Só que, ao chegar na creche, vejo um monte de crianças prontas pra ir também!! O Matheus simplesmente convidou todos os amiguinhos, dizendo que ia ter bolo, cachorro quente, pipoca, salgadinhos... ou seja, tudo o que ele gostaria que realmente tivesse (e eu também! :).

Coube a mim, claro, ser o pai estraga-prazeres que contou pra todo mundo que não ia ter nada daquilo.

O pior foi olhar na cara das crianças, e ver que, enquanto eu explicava cuidadosamente que a coisa seria somente um jantar em família, elas estavam ouvindo algo como "olha só, essa festa vai ser super divertida mas vocês NÃO estão convidados...".

Eu que reclamava de ser sempre o pai-palhaço, agora sou o pai-porteiro-de-boate. Humpf. :(



26.9.04
14:01 :: Respostinha
Como se pode imaginar, o pós-operatório de uma cirurgia como a que o Matheus fez não é nada agradável. É muito difícil pra ele tomar banho, trocar de roupa, dormir, e, é claro, passar o remédio local. Esse ele então não quer nem saber, e é sempre uma confusão enorme pra colocar assim mesmo.

Mas engraçado foi a resposta que ele deu ontem, quando a mamãe disse pra ele que estava na hora de trocar o remédio:

- Ah, mamãe, não vamos nos aborrecer de novo, tá?



24.9.04
18:51 :: Acompanhante oficial
Vida de brinquedo preferido é dura...Os leitores mais antigos sabem bem o carinho especial que o Matheus tem com seu boneco Puff. Além de ser especial para nós, os pais, porque foi comprado para ser seu primeiro brinquedo, quatro anos antes dele nascer, é realmente o que o Matheus mais gosta.

Um exemplo foi esse post antigo, que mostrou bem a influência que o bichinho tem.

Ontem na cirurgia aconteceu a mesma coisa. A mamãe precisou fingir que o Puff também passaria pelo mesmo processo, pra ele se acalmar. Clique na foto acima pra ver melhor, ou então vá na seção de fotos para ver as outras, como ele de touquinha ou zangado conosco porque dissemos que não ia doer e doeu. :)

Esse Puff só entra em roubada... :D



23.9.04
22:37 :: Mutilação permitida
- Ei doutor, essa touca tá me apertando a cabeça! - Rá! Você ainda não viu nada...Chegou enfim o dia que estávamos evitando por muito tempo: o dia da operação de fimose do Matheus.

Não tem nada pior para o homem do que se imaginar fazendo este tipo de operação. Por mais que saibamos que quanto mais cedo isso for feito, melhor é a recuperação, havíamos decidido que o Matheus não passaria por isso. Como eu não passei, e estou plenamente satisfeito com meu corpo intacto, nada mais normal que meu filho seguir pelo mesmo caminho.

Mas de uns tempos pra cá o pediatra diagnosticou um pequeno probleminha, que seria resolvido com a retirada do prepúcio. E aí não teve mesmo jeito, tivemos que marcar a operação.

A gente já tinha meio que preparado o terreno com ele. No início ficou meio relaxado, mas foi só ele entrar na sala de cirurgia, que começou a ficar tenso.

E após ser anestesiado e operado, ele acordou com bico, numa de "vocês me enganaram, doeu sim" e assim ficou por algum tempo. Até que veio a hora de ver o resultado... ele começou a chorar, e a repetir:

- Eu não quero esse piruzinho, quero meu piruzinho de volta!

De cortar o coração. Realmente, estava bastante feio e inchado. Falamos pra ele que a coisa não ia ficar assim, mas ele está bastante impressionado.

E dá pra culpá-lo? Eu também ficaria.



21.9.04
10:59 :: Por via das dúvidas...
Falando em procedimentos de emergência, ensinamos pro Matheus o telefone da vovó.

Ainda não tenho um motivo específico, mas é melhor ele já ter um telefone decorado, antes mesmo de ter uma razão para isso. :)


10:52 :: Bubble kid não
É claro que a experiência de ontem fez o Matheus ficar ainda mais com medo de cachorro. Hoje ele se certificou umas três vezes se o cão não estaria ainda lá embaixo quando fôssemos descer. No elevador eu percebi que ele estava tenso, mas fiz questão de deixar ele no chão, já que eu garanti a ele que não haveria nenhum outro bicho lá embaixo.

É claro que na hora de abrir a porta passou pela minha cabeça que pudesse ter um boi do lado de fora, ou algum bicho maluco, só pra eu perder a autoridade com o Matheus. Tipo uma "pegadinha divina", ou algo assim. Mas estava tudo normal. :)

De qualquer forma, levamos 10 minutos para percorrer um percurso de um minuto, porque o Matheus caminhava bem devagar e atento. Mas sem se agarrar em mim, o que foi o ponto positivo. Ele estava receoso, mas estava ali encarando. Por isso que eu não o apressei, coisa que em qualquer outro dia eu teria feito.

Isso é uma preocupação que a gente tem. Quando o Matheus tem alguma experiência fortemente negativa, fazemos o possível para expô-la novamente a ele, e assim garantir que não haverá nenhum trauma posterior. Lembro que, quando ele caiu na piscina quando era menor, logo após ter se acalmado, a Camille o levou lá na borda da piscina de novo, e ficamos ali conversando, pedindo pra ele contar como foi que aconteceu.

E isso é fundamental. Lembro também quando ele quebrou um copo que não devia ter pego, e se cortou em varios pontos na mão. Depois do susto, fizemos um teatrinho, e ele não só aprendeu a ter muito mais cuidado com as coisas de vidro, como ainda ensaiamos um procedimento de emergência caso isso aconteça de novo.

É muito importante ter essas coisas em mente. Se você isolar uma criança de toda experiência ruim que ela tiver, ela vai crescer como o garoto da bolha.



20.9.04
13:11 :: Cãofusão dos diabos
- Rapido, amor, ele já foi embora, vamos correr para o carro! - Não, agora preciso voltar em casa pra trocar de calça...Tem umas paradas que só acontecem comigo.

Estamos saindo de casa nós 3 hoje cedo, quando abro a porta do elevador percebo que há um alvoroço bastante incomum no meu prédio. Uma moradora vê que o Matheus está andando no chão, e fala pra mim:

- Cuidado com o seu filho! Tem um dobermann solto no prédio, e ninguém sabe de quem é, só sabem que não é de nenhum morador. Os bombeiros já chegaram, mas ninguém conseguiu achar o bicho. E ele já atacou duas pessoas aqui dentro!

Na mesma hora peguei o Matheus e coloquei no colo. E enquanto caminhamos para fora do prédio, percebo que as pessoas ficaram em silêncio. Eu olho pro lado e QUEM está praticamente na minha frente? Isso mesmo, o cachorro do demo. Dois carros de bombeiro do lado de fora, vários homens procurando o animal, e ele aparece e pára justamente a um metro de mim e fica me olhando. Ainda bem que a Camille não se desesperou e também ficou quieta.

A cena, que deve ter sido até rápida mas pareceu uma eternidade, era a seguinte: os porteiros e moradores de um lado da portaria com cara de aterrorizados, e do outro lado Camille, eu, Matheus, e... quem mais?... ah, o MALDITO ASSASSINO CANINO desaparecido que eu encontrei em 15 segundos.

E depois de ficarmos olhando nos olhos um do outro, o cachorro deve ter pensado que minhas pernas não são tão carnudas e saborosas quanto a da coroa do 304, me deu as costas e continuou andando. Quando eu chego na garagem vejo OITO bombeiros tentando achar o maldito. E cada um estava com uma cordinha de nada nas mãos. Cadê a arma tranquilizante?

Não sei o que é pior. Ser bombeiro no Brasil, ou depender deles.



17.9.04
09:58 :: Pela culatra - parte 3
Outro dia eu disse pro Matheus que enquanto ele estivesse fazendo bobagem a gente não o levaria para o HotZone (um lugar de diversões eletrônicas no Barrashopping). Então ficou naquela lenga-lenga do "me leva" contra o "não levo".

Então a mamãe teve uma idéia: disse que aquele menino mal-criado que estava ali não era o nosso filho querido, era outra criança. Na hora ele arregalou o olho pra prestar atenção na história.

- O nosso Matheus é bonzinho. Quem está aí agora é o... Matuco. (pois é, nessas paradas de improviso sempre surgem nomes esdrúxulos)
- Matuco?
- É. Vai embora, Matuco. Deixa o Matheus voltar!

Então ele virou de costas, e virou pra gente de novo com um sorriso:

- Voltei! :)

Aí "comemoramos" a volta e pronto, quebrou-se o gelo e a malcriação parou.

Só que o Matheus tem uma habilidade sobrenatural de distorcer as boas intenções, e acabamos criando um monstro. Agora quando ele tá fazendo bobagem, a gente reclama com ele, e ele diz:

- Sou eu não, papai. É o Matuco, a culpa é dele!

Humpf. :(



14.9.04
18:59 :: A natureza sabe o que faz
É engraçado como a natureza funciona. Um amigo do trabalho teve gêmeos semana passada, e isso me fez pensar bastante no tamanho do trabalho que isso deve dar. E como se não fosse o suficiente, o filho deles de 4 anos está passando por uma fase de ciúme, tendo até febre, diagnosticada pelo pediatra como sendo psicológica.

Mas o que eu achei curioso, conversando com ele, foi justamente o comportamento dos gêmeos. Eu achava que o trabalho que se teria seria mais que o dobro de ter um único filho, já que quando uma criança acordasse, acordaria a outra também.

Mas parece que não é assim que funciona. Eles também pensavam assim, e mantinham as duas crianças separadas, o pai cuidava de um, a mãe do outro, e depois trocavam. Até que o pai precisou sair, e a mãe colocou os dois juntos pra poder assistí-los. Não é que os dois pararam de chorar no instante em que se reencontraram?

Até tem lógica, afinal eles nasceram e cresceram um praticamente em cima do outro. :)

Legal, isso facilita bastante as coisas.
Boa sorte pra nova família.



10.9.04
22:48 :: Papai maquiavélico
Anteontem precisei tirar a cadeirinha do Matheus do carro pra poder levar um casal de amigos de carona. E por preguiça, até agora não pus de volta (ok, amanhã eu ponho). Só que aqui no Rio de Janeiro é proibido criança andar sem cadeirinha.

- Mas e se passarmos por um guarda? - perguntou a mamãe.
- Ah - falei brincando - o Matheus se esconde, não é, Matheus?

Ele ficou até animado, já que esconder é a brincadeira predileta dele, mas acabou caindo no esquecimento. Algum tempo depois (com ele pulando e falando ao mesmo tempo, como sempre), o que diabos aparece lá na frente? Exatamente, uma blitz.

- Xiii, uma blitz.

Então o Matheus se jogou imediatamente no chão do carro, e lá ficou imovel. A gente morreu de rir, porque pareceu que ele ficou torcendo pra que a oportunidade aparecesse. Só que algo não previsto também aconteceu: silêncio no carro! Nossa, como é bom um pouco de silêncio de vez em quando!

E passamos pela blitz... e ele escondido. Mais alguns segundos se passaram... e ele:

- E agora, já posso sair, papai?
- Não filho, tá cheio de guarda aqui fora.
- Tá.

Que maldade. Shame on me. Pena que a mamãe fez cara de reprovação, senão ele ficava ali por mais uns 5 minutos... :)



6.9.04
23:36 :: Catástrofe anunciada
- No!!! Don't push the red butt...- Papai, e se o planeta explodir?

Primeiro eu achei graça da pergunta, afinal eu nem sabia que ele já vislumbra a fragilidade do cosmo. Imagino que deve ter alguém do Greenpeace infiltrado lá na escolinha. :) Mas aí vi que ele tava sério, então tratei de responder:

- O planeta não vai explodir não, filho.
- Mas e se explodir?
- Explodir por que?
- Não, papai, vamos fingir de mentirinha que ele pode explodir. O que ia acontecer?
- Ah, tá. Bom, acho que ia quebrar tudo, né?
- Mas e se fosse uma explosão BEM forte?
- Então iria tudo pelos ares, não ia sobrar nada.
- Mas e a gente?
- Ué? Ia explodir também.

Aí ele cruzou os braços, fez beicinho, e os olhos encheram de água.

- Poxa, filho, você achou que essa conversa ia dar aonde? :)



1.9.04
17:20 :: O lado positivo
Não é que esses chatos dos Teletubbies tem o seu lado interessante?

- Vem papai, vem brincar desse lado! - Não, filho, vou ficar aqui descansando um pouco mais.

:)


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