Freguês
Essa semana comprei pro Matheus um bloco de papel vegetal. Achei que seria interessante ele usar referências para desenhar em cima, e depois completar com o que viesse na cabeça dele. Como era esperado, ele ficou amarradão e foi no quarto dele pegar os lápis de cor, ficando desenhando por lá mesmo. E eu aproveitei para assistir House. :)
Um pouco depois eu passo no quarto dele, e vejo um desenho muito bonito mesmo: - Carinha!! Tá ficando lindo esse desenho!! - Obrigado. - Vou querer pra mim, tá? - ...
Achei que a resposta já estava implícita, eu seria o dono daquele desenho. Tanto que fui embora sem me procupar com a resposta. Até que meia hora depois ele aparece no meu quarto, com o desenho na mão: - Terminei! - Nossa, adorei cara! Ficou lindo! - Obrigado. Mas eu não sei se dou pra você, pra mamãe ou pra vovó. Elas também iriam querer esse desenho. Então decidi o seguinte: quem me der R$0,50 fica com ele. - Carinha!! Você tá vendendo o seu desenho pra mim?!? - Depende. Você vai comprar ele? - Ué, vou né? Fazer o quê...
Então o espírito empreendedor dele realmente me surpreende. Ele dá dois passos pra dentro do corredor e volta com mais duas folhas:
- E você vai querer aproveitar e levar os outros também?
:O Ou seja, ele percebeu de mim uma demanda, produziu em mais quantidade sem me perguntar, e ainda me pegou na negociação. Acho que depois da historia da mesada, eu criei um monstro... :P
E lá de SP... A tia Samantha lê a história no blog, e me manda essa pelo MSN: - E ele ainda desenhou o Pequeno Príncipe? Se eu estivesse aí teria pago R$ 1,00 por cada um, ainda que isso fosse inflacionar o mercado pra vocês.
E um detalhe: foi ele quem escolheu o que desenhar. Maneiro, né?
Como traumatizar os filhos
É aquela história que eu sempre repito: tem gente que não devia ter filhos. Nunca.
Vejam só esse pai (japonês, claro. Essas bizarrices só acontecem no Japão), que quer ensinar aos filhos valores nobres como coragem, companheirismo, e proteção, mas pra fazer isso cria uma situação completamente traumatizante para os pequenos: um zumbi vai atacar a família, e cabe às crianças atacar o monstro para salvar suas vidas e de seus irmãos. O mais triste é vê-los fazendo isso e chorando, constatando que é melhor enfrentá-lo do que morrer por ele.
Sim, o pai fez realmente isso. E a mãe por tabela, por concordar com essa barbaridade. Confiram o vídeo aqui. Não sei se fico com mais raiva dos pais, ou da platéia que assiste o video e ri.
Escultura de toalhas
Outro dia vieram me perguntar onde podiam encontrar aquela página onde o Matheus ensinou a fazer uma escultura com toalhas de rosto. Verdade, aquele post foi tão legal que eu coloquei numa página em separado, mas nunca disponibilizei o link fora do post original.
Mas o problema está resolvido. Incluí um novo "banner" na área esquerda da página principal, que leva ao lugar certo.
E você, já tentou reproduzir a brincadeira com os seus filhos? ;)
Boliche de aniversário E como todos puderam ver como eu fui completamente enrolado no post do dia 5, o Matheus acabou tendo sua festinha de aniversário. :)
E pra isso preferiu repetir o evento do ano passado, levando seus amigos para uma tarde no boliche.
Realmente, eles se divertem horrores numa comemoração dessas. E o melhor, para os pais: é muito, MUUUITO mais barato que fazer uma festa numa casa de festas. E como bônus, as crianças ainda saem de lá tão cansadas depois de tanto exercício, que um banho e um leitinho quente faz com que elas desabem na cama em três tempos. :)
Algumas fotos do aniversário estão na área de fotos.
Hoje o meu carinha completou 9 anos!! Caramba, como o tempo passa rápido. Parece que foi ontem que esse menino precisava se esticar todo pra conseguir encostar a ponta do dedinho nos botões do elevador.
Na verdade, tudo isso parece mesmo que foi ontem, porque volta e meia eu acesso as páginas antigas desse blog pra me distrair. E vou te falar, não tem um dia que eu não agradeça a idéia que tive de fazer todo esse registro. E olha que foi numa época que os blogs nem existiam direito. O formato foi mesmo um acerto. :)
Tudo isso me enche de orgulho, porque fala sobre a minha maior criação: o Matheus. Que nem sabe que é muito mais importante pra mim do que eu sou pra ele. É nele que eu foco a cabeça quando estou com problemas ou entristecido. E é aqui que eu me refugio, aqui que eu venho rir um pouco e ter mais saudades dele durante o dia.
A noite de hoje ainda contou com um jantar no restaurante que ele mais gosta: o Outback. E com a mamãe também, claro. Foi uma noite muito feliz.
Moleza
Quem costuma acompanhar o MDbD sabe bem do assunto delicado que é a questão do Matheus estar com quase 9 anos, e nenhum dente de leite ter caído ainda.
Pois bem, hoje ele ligou pra contar, todo empolgado, que o dentinho da frente estava começando a ficar um pouco mole. E logo o dentinho que ele não gosta, que é um pouco amarelinho, diferente dos outros, resultado de uma queda quando ele era pequeno. E na empolgação, ele conclui com a pérola:
- Será que a fadinha vai gostar de um dente amarelinho?
Ai ai...
Cheguei em casa ontem de noite, e encontrei o elevador de serviço trancado, com um bilhete dizendo que era pra ajudar na economia de energia, e que todos deveríamos fazer o mesmo.
Só que o que estava trancado era a porta. O elevador por dentro continuava funcionando e indo para quem o chamasse. As pessoas só não conseguiam entrar. Eu só fui reparar no bilhete quando o elevador chegou e eu tentei entrar nele.
Humpf. O que eu ando vendo é economia de neurônio, isso sim. :/
Negociando a festinha
Esse fim de semana o Matheus, que passou com a mãe, me liga pra "renegociar" o aniversário dele. Em outubro passado, ele ia pra Disney, mas trocou pelo Beach Park, como contei nesse post.
Só que, agora com a data se aproximando, o espertinho começou a fazer umas contas sobre a verba para um e para outro, e achou que dá pra usar a diferença num boliche para os amigos da escola.
Tive que gravar essa conversa abaixo. Ele é bem filho de advogada mesmo... :)
(alguem sabe fazer esse audio não entrar diretamente quando a pagina abre? Isso acontece em alguns navegadores, e eu não sei resolver isso...)
Uma vez por ano
Matheus entra no meu quarto 1 e meia da manhã. Achei que ele já estivesse dormindo. Na verdade, eu mesmo já estava quase. Tudo desligado, já entrando na fase alfa, quando a porta abre de um jeito meio forte:
- Pai! - Hã? O que foi carinha? Tudo bem? - Não, a mamãe quebrou o joelho! - Hã?!?
Levei um tempo pra processar a informação. Mamãe? Quebrou o joelho? 1:30 da manhã? Como ele sabia disso? E na hora que eu me sentei pra levantar e acender a luz, ele manda essa:
- Primeiro de abril!!
Damn!! Ele deve ter ficado o ano inteiro esperando por isso pra me pegar!
- Ahaahahhahaha!! Peguei você!! - Tá, filho, tá certo. Mas isso não é mais hora de brincar, né? Você podia me pegar de manhã cedo. - Eu pensei nisso, mas não aguentei esperar!
Ehehehehe! :D
- Tá certo, então vai dormir, tá? E cuidado com a maçaneta na hora de fechar a porta porque ela tá solta, fecha com cuidado. - Tá bom, beijo! - Devagar!
(click) - ele fechou devagarinho.
- Matheus!! Eu disse pra fechar devagar! Soltou a maçaneta! - Ué, mas eu fechei!! - disse ele abrindo a porta de novo, indignado! E quando ele coloca a mão pra checar, eu mando: - Primeiro de abril!
Ele demorou 1 segundo pra entender, e em seguida enfezou o rosto, fechou as mãos e grunhiu igual onomatopéia de revista do Maurício de Souza, tentando não rir: - Grrrrrrrrrr!!!!
Fechou a porta e foi pro quarto dele. Neste momento, tenho certeza, ele começou a elaborar o plano pra me pegar no ano que vem.
E eu virei pro lado no travesseiro, e fechei os olhos, enquanto dava aquele sorrisinho irritante de quem fez a travessura por último. ;)